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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

hoje é dia de receber...

As mãos, não escondem as mãos, marcas do tempo que exigem respeito, atenção. Um olhar que sorri na minha presença, grato por eu existir e entrar nas sua vida, nem que seja por meia hora. Lições valiosas que jamais poderei esquecer.

Uma casa modestamente portuguesa, recebo todo o tipo de oferendas, desde bolos a arroz doce, nada falha para uma possível visita que nunca chega. Hoje é dia de extrema felicidade, gostaria de guardar este meu sentimento egoísta de utilidade. Cada palavra sobre uma vida antiga faz-me sorrir, não fala do passado como uma realidade. Conta-me então o que viveu aquela pessoa que já não parece conhecer, eu limito-me a repetir em pensamento todos aqueles preciosos momentos e então, torno-me poderosa, quase divina. Faço ressuscitar uma menina que já tinha desaparecido, um jovem lutador, profissões que já não existem.
É por isto que volto sempre, a minha simples presença desencadeia centenas de acções que comportam felicidade e um calor humano que me abraça e conforta, um calor de avós.

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