Pesquisar neste blogue

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

passo a passo

Senti um impulso. Acordei.

Tinha dormido o suficiente para não me aperceber que estava a seguir o caminho errado. Perdi a noção de mim própria e da minha influência no ambiente que me cercava.

Na minha vida há poucas coisas tão triviais como a consciência, um estado permanente de alerta.

E ao acordar, num corpo que é meu, numa vida por mim construída, soube quase de imediato que tinha de crescer. Olhei a minha volta e não vi ninguém, apenas restos de relacionamentos e pertences humanos. Então a minha identidade procurou reconstruir-se a si própria, com uma estranha combinação entre responsabilidade e confronto.

Que entusiasmo! O curioso quanto a este novo caminho é que não sabia o que me esperava, apenas tentava chegar com as mãos a terra fértil. Sem qualquer hesitação, este estado de alerta não era só por si o arranque na mudança.
Afinal o que foi? Posso dizer que incontáveis imagens na minha mente ligadas a uma sensação de crescimento. Quando acordei encontrava-me perdida, embora eu me tivesse guiado por tal rumo por me ter livre da própria consciência.

Sei que é preciso um sentimento avassalador como este para criar algo único. E jamais me arrependerei das minhas acções, exactamente por me permitirem crescer e conhecer-me melhor. O amor nunca teria sido amor, apenas vaidade. A amizade nada seria senão uma cooperação necessária, o mal foi sem duvida o meu bem. Se tais acontecimentos não se tivessem sucedido não haveria conhecimento.

E se a minha consciência não tivesse acordado… nunca saberia que me faltava alguma coisa.